(Apocalipse 2.1-11)
Ontem na Igreja Presbiteriana Carioca, meditamos sobre o texto destacado em Apocalipse, no qual traçamos uma comparação entre a Igreja de Éfeso e da Esmirna. Éfeso era uma das cidades mais importantes da Antiguidade, um cidade costeira ,com um porto bastante rico, um templo a Artemis (Diana para os romanos) considerado uma das maravilhas do mundo antigo, e o maior destaque da região que era conhecida como Ásia Menor. A Igreja de Cristo ali plantada por Áquila, Priscila e o apóstolo Paulo, mais tarde pastoreada por Timóteo e o apóstolo João, era forte e poderosa, plantadora de outras Igrejas na região (inclusive a de Esmirna, muito provavelmente), uma Igreja que era forte na luta contra as heresias que atacavam a Igreja Primitiva, guardava a Sã Doutrina, mas perdeu seu primeiro Amor, seu fervor pelo Senhor. Hoje, Èfeso é a atual Turquia, um lugar de predominância islâmica, perseguidor da Igreja do Senhor.
Em contrapartida, Esmirna era outra cidade poderosa na Ásia Menor, também cidade costeira, sediava o templo de adoração a deusa Roma, e tinha os favores do imperador Tibério que tinha muito apreço pela cidade. Sua Igreja era pobre, perseguida por judeus anti-cristãos e pagãos em todos os sentidos, sejam financeiros, sejam com martírios (Policarpo, um dos mais importantes Pais da Igreja foi martirizado por lá, por exemplo), mas era uma Igreja cheia de Amor por Cristo, consequentemente zelosa também, mas cheia amorosa, fazia tudo pensando no Senhor, não de forma automática, mas relacional. Esta comparação nos leva direto para 1 Coríntios 13, onde Paulo nos ensina que ainda que façamos milagres e maravilhas, sem Amor, de nada adianta. O Amor é uma atitude, não apenas um sentimento, é relacionamento, não é simplesmente fazer coisas em nome de alguém, mas por alguém, para gerar sorrisos e esquentar o coração do próximo.
Lembramos que amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos é o resumo de toda a Lei do Antigo Testamento (Mateus 22:34-40), e é o ápice da Maturidade Bíblica, portanto, lembremos sempre do exemplo destas duas Igrejas (coletivo de pessoas que professam Cristo, não apenas uma Instituição ou um espaço físico), e amemos como se não existisse amanhã, ao Senhor acima de tudo, e aos nossos próximos como a nós mesmos!