João 12:12-15
Neste Domingo, na Igreja Presbiteriana Carioca, meditamos no texto exposto do Evangelho de João, texto este que a tradição católica romana atrela ao chamado Domingo de Ramos. Nosso pastor, o Rev. Rafael Soares, expôs o contexto no qual este trecho está inserido, a saber, uma adoração equivocada da multidão em relação ao Senhor Jesus naquela ocasião.
Os habitantes de Jerusalém ovacionaram a Jesus que entrou na cidade montado num jumento, e isto se deu para que a profecia feita por Zacarias (Zc 9:9) se cumprisse, mas do ponto de vista exegético (ferramenta de interpretação bíblica), é inegável que tal multidão o adorou ali esperando Dele algo que Ele nunca disse que faria, a saber, ser um líder político que veio para libertar a Judeia da opressão do Império Romano.
Em todo o tempo o Senhor enfatizou em suas pregações que o Seu Reino, ainda que vá suplantar todos os outros na Terra, não é um reino humano político, é muito maior e mais profundo que isso, é Espiritual, Intelectual, Emocional, Físico. Aquelas pessoas não queria um Messias que reinasse sobre toda a vida delas, mas um que apenas servisse de resposta rápida há apenas uma das várias necessidades humanas, enquanto a Palavra Encarnada do Deus Vivo estava ali, pregando diariamente o Evangelho que sacia o ser humano por completo.
Nos dias de hoje, infelizmente temos uma multidão que ainda insiste em se relacionar com Jesus, na forma de Sua Igreja, como se o Evangelho fosse uma espécie de fast-food, mas assim como no período narrado pelo nosso texto base, sempre houveram e sempre haverão os verdadeiros discípulos, aqueles que se relacionam com Cristo de uma forma completa e eterna! Que nós nunca nos rebaixemos a se tornar multidão, que sejamos sempre genuínos e bíblicos discípulos do Senhor, aqueles que entendem quem Ele é, o que Ele quer, sente, pensa e vive em missão!
Por Nilson Pereira